"For other foundation can no man lay than that is laid, which is Jesus Christ." (1 Cor. 3:11)

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"If any man will come after me, let him deny himself, and take up his cross daily, and follow me." (Luke 9:23)

2. Cristo e as Escrituras


Jesus e os registros históricos


     Jesus fez muitas referências a registros históricos encontrados nas Escrituras. Vários destes são mencionados abaixo para nos ajudar a entender o ponto de vista dele a respeito das Escrituras. Jesus disse ao leproso que ele limpou que fosse se apresentar "ao sacerdote, e apresenta[r] a oferta que Moisés determinou" (Mt 8:4), mostrando que ele aceitava os mandamentos de Moisés.

     Comentando sobre a fé do centurião, Jesus disse: "Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus" (Mt 8:11), mostrando que aceitava os fatos históricos a respeito dos patriarcas.

     Devido ao fato de que muitos não se arrependeram mesmo depois de verem as obras poderosas de Jesus, ele disse: "Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza" (Mt 11:21). Vários profetas do Antigo Testamento falaram contra Tiro e Sidom (Is 23:1-18; Jr 25:22; 27:1-11; Ez 26:1-28:19; Jl 3:4-8; Am 1:9-10), porque essas cidades exploravam seus vizinhos e eram centros de idolatria, fazendo com que sofressem os juízos de Deus. Quando o Messias veiro a estas cidades, eles seguiram o exemplo de seus pais e não se arrependeram. Ao se referir a estas profecias do Antigo Testamento, Jesus mostrou que ele aceitava a avaliação que tais profetas fizeram dessas cidades.

     Quando os fariseus interrogaram Jesus e seus discípulos sobre tirar e comer espigar no sábado, Jesus lhes disse: "Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer . Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa?" (Mt 12:3, 5). O fato de Jesus ter-se recorrido à lei mostra que ele aceitava o que ela dizia sobre a vida de Davi e dos profetas, e que o ato de ele e seus discípulos comerem espigas no dia de sábado era correto.

     Quando os fariseus pediram um sinal, Jesus lhes disse: "Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas" (Mt 12:40-41; cf. Jn 1:2, 17; 3:5). Mais adiante, quando os fariseus e saduceus pediram outra vez um sinal, Jesus disse àquela geração perversa que "nenhum sinal lhe [seria] dado, senão o sinal do profeta Jonas" (Mt 16:4). Ambas as respostas são de Jesus e não comentários de Mateus. Jesus conhecia a história de Jonas e Nínive e citou diretamente Jonas 1:17. O uso que Jesus fez dessa história mostra que aceitava os eventos em torno do ministério de Jonas como fatos históricos; e como Deus miraculosamente preservou Jonas, assim também ele iria efetuar a miraculosa ressurreição de seu Filho. As palavras de Jesus mostram que ele sabia que a história de Jonas era verdade e que Jesus estava disposto a ligar o seu próprio ministério a ela.

     Quando interrogado acerca do divórcio, Jesus fez referência à narrativa de Gênesis: "Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez?" Jesus aceitou a história da criação como verdadeira no seu sentido literal. Ele então disse: "Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mt 19:4-6; cf. Gn 1:26-28; 2:23-24). Jesus cria que Deus instituíra o casamento quando o homem foi criado, e que o Livro de Gênesis provava que era a intenção de Deus que o vínculo matrimonial fosse permanente e que nenhum homem ousasse rompê-lo.

     Os fariseus perguntaram acerca de Moisés ter permitido uma "carta de divórcio". Jesus respondeu: "Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim" (Mt 19:7-8; cf. Dt 24:1-4). Jesus acreditava na história de Moisés e que havia um início da revelação. Também isso mostra que Jesus aceitava Moisés como o autor de Deuteronômio.

     A resposta de Jesus aos saduceus sobre a ressurreição, ele perguntou: "Não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó?" (Mt 22:31-32; cf. Mc 12:26; Lc 20:37; Êx 3:6, 16). Quando os saduceus interrogaram Jesus, eles afirmaram: "Moisés disse". Jesus pôs a questão em outra perspectiva, perguntando se eles não tinham lido "o que Deus vos declarou". Jesus aceitava o Antigo Testamento como sendo mais do que palavras de homens; era um registro da revelação de Deus. A conversa de Jesus mostra que ele aceitava os relatos de Êxodo a respeito dos patriarcas como sendo verdadeiros historicamente.

     Jesus fez uma pergunta aos fariseus sobre o Cristo e de quem ele era filho: "Disse-lhes ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor?" (Mt 22:43; cf. Sl 110:1). Ao referir-se a este salmo, Jesus reconheceu que Davi fora dirigido pelo Espírito, convencendo-nos a crer que estes escritos foram inspirados pelo Espírito.

     Jesus citou a revelação de Moisés em Deuteronômio quando um doutor perguntou-lhe sobre o maior de todos os mandamentos. Jesus respondeu: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" Ele em seguida falou o segundo mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (Mt 22:34-40; cf. Lv 19:18; Dt 6:5). Estas respostas mostram que Jesus aceitava os escritos de Moisés, e o fato de ter dito "a lei e os profetas" mostra que ele aceitava todo o Antigo Testamento.

     Em um "ai" falado para os escribas e fariseus, Jesus mencionou: "desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar" (Mt 23:35; cf. Gn 4:8; 2Cr 24:20-22), indicando que ele aceitava os relatos detalhados do Antigo Testamento a respeito da morte injusta destes dois justos encontrados em Gênesis e Crônicas.

     Quando Jesus falou com seus discípulos a respeito de sua segunda vinda, ele disse: "Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda" (Mt 24:15; cf. Dn 9:27; 11:31; 12:11). Hoje alguns críticos questionam o Livro de Daniel porque não estão dispostos a aceitar as implicações de suas profecias. Alegam que o livro deve ter sido escrito depois dos acontecimentos, pois não se pode negar que algumas das suas profecias envolvendo grandes eventos mundiais foram cumpridas. A opinião desses críticos são contrárias às crenças de Jesus. Ele aceitava o livro e as profecias como sendo confiáveis.

     Mais tarde, falando de sua segunda vinda e do dia e da hora dela, Jesus disse que somente o Pai sabia a hora. Então Jesus disse: "Como foi nos dias de Noé . Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio . até ao dia em que Noé entrou na arca" (Mt 24:37-38), mostrando que ele aceitava o fato histórico de Noé, da arca e do Dilúvio.


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"A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo"
Leland M. Haines
Um livreto da Biblical Viewpoints
Copyright © 1999
Goshen, IN USA
Todos os direitos reservados.

Editado por Richard Polcyn

Tradução para o português:
Eduardo Vieira da Silva

Primeira impressão, 2007