1. A graça de Deus vence o pecado
O amor de Deus
Deus também é amor, e por isso mesmo ele proveu um meio de redenção. Logo após o primeiro pecado do homem, Deus prometeu que a Semente da mulher iria esmagar o poder de Satanás, tornando possível a restauração do relacionamento do homem com Deus (Gn 3:15). Para fazer isso, Deus escolheu Abraão e seus descendentes para preparar mais ainda o homem para a vinda do Redentor, Jesus Cristo. Deus fez uma aliança com Abraão segundo o prática caldéia (Gn 15:7-17). Passando pelo sangue no meio das carcaças ensangüentadas dos animais, os dois prometeram cumprir com o acordo. E se não o cumprissem, custaria à parte infiel o seu próprio sangue. Esta aliança entre Deus e Abrão foi feita quando um “forno de fumaça” (Gn 15:17; cf. 19:28; Êx 19:18; Hb 12:29), e uma “tocha de fogo” (Gn 15:17; cf. Êx 3:2-4; 2Sm 21:17; 22:7, 9, 29; 1Rs 11:36; 15:4; Sl 27:1; 132:17; Is 62:1) passaram pelas metades dos animais. O forno representava Deus e a tocha de fogo, Jesus Cristo, a luz do mundo. Assim, Deus atuou como as duas partes na aliança. Se Abrão tivesse representado a si mesmo, teria custado o sangue de seus descendentes se estes quebrassem a aliança. Mas com Deus assumindo as duas partes, custaria o sangue de seu Filho (i.e., a vida) se os descendentes de Abrão fossem infiéis. Como veremos mais adiante, custou o sangue do seu Filho (Mc 14:24; Lc 22:20; Jo 6:53-56; 19:34, etc.).
No início do seu evangelho, João escreve: “E o Verbo [Jesus] se fez carne, e habitou entre nós… cheio de graça e de verdade… E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1:14, 16-17). Embora fossem o Povo Escolhido, os judeus aprenderam em toda a sua história que o melhor que conseguiam fazer era oscilar entre o bem e o mal. Deus enviou o Seu Filho como um Homem perfeito quando veio a “plenitude do tempo” para remir o homem decaído (Gl 4:4). Quando Jesus estava com cerca de trinta anos, Ele começou o seu ministério a fim de estabelecer uma nova maneira de Deus lidar com o ser humano. Através de Sua morte, Ele tornou-se o “Mediador de uma nova aliança” (Hb 12:24; cf. 8:8, 13; Lc 16:16; Rm 10:4) da “graça e [da] verdade” (Jo 1:17; cf. 1Pe 1:10; 2Tm 2:1).
Vamos agora analisar os ensinamentos de Jesus mais detalhadamente.
“A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”
Leland M. Haines
Um livreto da Biblical Viewpoints
Copyright © 1999
Goshen, IN USA
Todos os direitos reservados.
Editado por Richard Polcyn
Tradução para o português:
Eduardo Vieira da Silva
Primeira impressão, 2007